segunda-feira, 31 de maio de 2010

down town



Um bairro de cartão, construído a muitas mãos, pequenas e grandes, para se juntar a outros bairros e fazer uma cidade na escola do Gonçalo.
Tinha que ser quase igual ao projecto do livro e muito próxima da realidade, com casas e apartamentos, que é assim que os meninos vivem.

quinta-feira, 13 de maio de 2010

costura patriótica


Na semana cultural deste ano no Colégio, foi apresentada uma aventura com mil anos.

Contou com a participação de 280 alunos, que personificavam vários protagonistas da história mundial com enorme empenho e qualidade. Vestidos a rigor, entoavam as suas falas e os gritos de manifestação como se a história acontecesse ali, naquele minuto. Envolvidos numa história que também é a sua, estou certa que há acontecimentos que nunca mais vão esquecer quando forem tema de aula.

Os narradores desta história eram da casa, avô e neto, nos seus papéis naturais, o avô a contar a história e o neto a fazer as perguntas.
O avô, que conta a história de Portugal como ninguém, como quem conta um filme de animação, empenhou-se com entusiasmado no relato e divertido na expressão, imitando na perfeição a trémula voz do austero ditador, Salazar de seu nome.

O neto surpreendeu com uma naturalidade e expressividade que não lhe conhecia, mantendo-se sempre muito bem no seu papel durante mais de 2 horas de espectáculo, para uma plateia repleta de pessoas.


Dias antes, incumbiu-me de preparar alguns acessórios para a cenografia: as bandeiras da monarquia e da república portuguesa.
E eu fiz o que pude...

segunda-feira, 10 de maio de 2010

ao piano



Mimi, de Frederico de Freitas
Diz que quer ser pianista e cozinheira de pizzas.
Passou a semana a fazer composições e a tocar piano, a fazer contas de dividir e a tocar piano, a estudar gramática e a tocar piano, a resolver problemas de matemática e a tocar piano, deu uns toques à bola e tocava piano.
Parece que as agendas se fazem sozinhas e na mesma semana teve 2 provas de aferição e um concurso de piano, o primeiro para ela.
O som das músicas de Czerny, Bach e Frederico de Freitas encheram a casa e fora dela, não parava de cantarolar a música portuguesa ("Mimi"), a que estava mais perra e que pediu treino intensivo.
Este fim de semana foi intenso, com prova no sábado e concerto no Domingo.
Saiu de lá com o 3º prémio e este sorriso!
Mas como já era tarde, não deu tempo para cozinhar as sua famosas pizzas.

quinta-feira, 6 de maio de 2010

e de repente...


... passaram 3 anos desde que aqui cheguei.

Voltou a ser dia da mãe, e quase não dei pelo tempo a passar.

Com histórias que vão e vêm, imagens que retêm momentos, avanços, recuos, silêncios...
Escrevo cada vez menos, mas vivo cada vez mais. Tem sido muito bom para mim manter esta janela aberta, com uma vista de mim e dos que fazem a minha vida. Os muitos, que crescem sem autorização, são mais do que protagonistas e passaram a leitores e encontram-se comigo aqui, muitas vezes.
É mais o que recebo do que aquilo que dou. Envolvo-me em tudo, com pena de perder, de não viver tudo aquilo a que tenho direito. Tem valido a pena, hoje sou "maior", mais completa e já fiz coisas que nunca poderia imaginar.

O embrulho da imagem tem o meu nome e é mais um desafio que me encarreguei por causa deste projecto. Este chega de Portugal, da talentosa Beatriz, mas já chegaram outros de Inglaterra, Espanha, Alemanha e Holanda.

E aqui, quem chega?



quarta-feira, 5 de maio de 2010

Regueifa doce


Comecei a preparar esta regueifa no dia da mãe e acabei-a ontem. Isto não é vida para mim!
Usei uma receita da regueifa doce tradicional da Páscoa, que a minha sogra me ensinou e que ela faz muito bem. Eu, como qualquer nora que se preze, não quis ficar para trás e aprendi a fazê-la e agora vamos lá saber qual é a melhor!!!
Com instruções do tipo "mais ou menos", "deitas à feição" e "vês se já está bem", antes de levedar, a massa teve direito a reza e descanso de muitas horas.
Fiz o "crescente" no Domingo, com o "isco" que ficou da massa de outras regueifas, que se deve fazer de véspera.
Claro que estas coisas nunca são como deviam ser e a véspera, acabou por ser a antevéspera , porque só consegui amassar o preparado na 3ª feira ao fim do dia, à mão, como manda quem sabe, para mais 8/10 horas de descanso. Enfarinhada e abençoada, ficou aconchegada num cobertor (que encolheu na máquina de lavar a roupa) até ao dia seguinte para levedar como deve ser.
As horas de descanso acabaram de manhã, que não é propriamente um período calmo lá por casa e enquanto levei um e outro para as provas de aferição, andei eu numa aflição para cozer a regueifa em 20 minutos, como diz a receita. Diz a receita, mas não diz o trânsito, porque eu acabei por me atrasar mais 10 minutos do que devia e a massa cozeu demais. Ficou mais moreninha que o costume, o que não tem importância nenhuma!!
Não é suposto demorar tanto tempo, nem sei como não se estragou pelo caminho. Acabou por ficar muito saborosa e já leva um bom avanço.

Tenho que olhar agora para a receita e adaptá-la aos ritmo dos meus dias, a ver se reduzo o tempo de preparação.

Se calhar tenho que ter mais fé na reza para crescer mais depressa!