quinta-feira, 30 de agosto de 2007

Sou uma rapariga cheia de sorte!

Recebi esta semana uma edição de 1973 da colecção Mulher - Método prático de corte e confecção. São cinco volumes, em excelente estado de conservação e com a ilustração e explicação detalhada das melhores técnicas de corte e costura e a exposição de alguns assuntos na então chamada formação feminina.


Estou a deliciar-me página a página, com o rigor dos desenhos, os pormenores das explicações e os curiosos ensinamentos das senhoras de outra geração.


Como esta edição é mais velha do que eu, dessa época só conheço o que os meus pais me contam, no contexto em que foram sucedendo.



Estes livros vieram-se juntar a uma outra colectânea do mesmo estilo, esta intitulada Portugal Feminino, com edições desde o ano de 1931 a 1937.


Ambas as colecções foram-me oferecidas pelo meu pai que, depois de nos ter transmitido de forma tão intensa o gosto pelos livros, agora alimenta-nos o vício.
E é de rir vê-lo a procurar em todos os alfarrabistas que conhece, todas as exposições que visita e em tudo o que é feiras de livros que aparecem, os livros bem ao gosto aqui da menina!!!
Estou mesmo a ouvi-lo a perguntar:


- Ó amigo, não tem por aí nada de bordados, rendas e essas coisas de costura?!!

E é sempre o meu pai que faz os melhores achados e de gosto requintado!
Há uns tempos, numa venda de livros na Fundação Calouste Gulbenkian, comprou para me oferecer a Arte na Pérsia Islâmica da Colecção Calouste Gulbenkian, de 1985.


Foi assim que trouxe esta nova/antiga colecção, depois de me ter dito que a viu na montra de uma livraria da baixa do Porto e que era capaz de me interessar... Interessou, interessou e muito!

quarta-feira, 29 de agosto de 2007

Mini Zoo


Neste fim de semana fomos à festa de aniversário do T., o meu sobrinho do meio, na quinta dos seus avós.
À chegada, fomos recebidos com a informação de que haveria visitas guiadas ao "Mini Zoo" instalado na quinta, sob orientação do P., o seu irmão mais velho.

Em abono da verdade, devo dizer que se tratava mais de um mini parque ornitológico, pois a exposição era de aves, embora de diversas espécies.

Estavam agendadas as visitas de hora em hora, e os convidados foram distribuídos pelos diversos horários.

Confesso que andei toda a tarde à volta da piscina, com um olho para cada lado, à cuca dos meus três que não saíam da água e acabei por me deixar ficar para o fim.
Para complicar, a tempestade de Domingo também passou por lá e apanhou-nos a todos desprevenidos, que tivemos de correr para as áreas cobertas, com crianças, brinquedos, toalhas, lanche e tudo o que estava ao ar.

Com grande pena por não ter visitado a tão anunciada atracção turística do dia, lamentei-me. Imediatamente o P. voluntariou-se para guiar uma visita excepcional ao seu mini zoo, sob chuva torrencial, munindo-se com a sua capa de chuva.

Os meus rapazes quiseram-me acompanhar (que rica ideia a deles, sobretudo o pequeno, que tive que levar ao colo!!!) e lá fomos de passo ligeiro.

Junto à entrada do viveiro, agora baptizado Mini Zoo, estava afixada a designação de cada espécie, identificada pela respectiva fotografia.


O P. "coloca" a voz e começa a descrição de cada um dos seus pássaros.



Vimos então o papagaio do Senegal, que se chama Lelo, que apesar de os da sua espécie serem um pouco agressivos, este tem-se mostrado pacífico com os seus vizinhos. No entanto, o P. está alerta e vai observando o seu comportamento, esclarece.





Seguiu-se a Caturra, que é amarela,com uma poupa muito bonita e tem a sua origem na Austrália. Soubemos então que se distingue o género pela cor laranja que apresenta na bochecha.






Há ainda um casal muito colorido no viveiro do P., os Agaponis, ou chamados "Pássaros do amor", porque quando acasalam, nunca mais se separam.

E era vê-los ali, sempre juntos...



Não faltavam também os mandarins e os bicos de lacre, que são as aves indicadas para quem pretende iniciar a instalação de um viveiro e que ainda tem pouca experiência com pássaros!






Depois de tão exaustiva explicação e no meio de várias medidas de segurança(abre porta-entra na ante câmara-fecha porta-abre outra porta e sai) o J. pergunta ao P., entusiasmado:
- E estes ninhos, foram eles que fizeram?
- Não, foram comprados!
É assim, há que dar tempo para o casal se conhecer melhor!

Democracia





Durante o dia de hoje, o J. fez estas magníficas construções de lego e esteve particularmente calmo.

Aliás, dos três, o J. foi quem se portou melhor em casa da avó, num dia em que eles até estiveram mais calmos que o habitual, nesta que é a chamada a "semana dos avós" (depois das férias e antes da escola).

Valorizamos o facto e demos-lhe os parabéns pelo seu comportamento tão apaziguador e a atitude inventiva que manteve durante o dia.


- Eu respeito a democracia, dos dois lados! - diz o J.

Felizes ficaram os avós, num dia em que as horas passaram de mansinho...

terça-feira, 28 de agosto de 2007

Apanhei-a a ler...


... a História da Literatura Portuguesa!!!


Com lanterna em punho e usando como marcador o saco de água quente (aquele, para as dores nas costas!!!).


Não que eu não queira que a minha filha seja instruída e saiba tudo o que lhe interessar sobre literatura portuguesa, mas ela só tem seis anos e ainda agora aprendeu a ler!!!


Perguntei-lhe de onde trouxe o livro, e disse que foi da biblioteca do avô (que grande admiração, só estão lá mais alguns...milhares, assim destes volumosos e esquisitos, que só são consultados nas vésperas dos exames!!!).

Quis saber porque escolheu exactamente aquele.
- Porque é antigo e muito grosso. Tem aspecto de ser misterioso! - diz ela.
Ainda vá que não trouxe nenhum do séc XVI ou lá de perto, com aquela letra que só o avô decifra!
- E de que é que fala esse livro?!

- Sei lá, mãe, não percebo nada!!!

domingo, 26 de agosto de 2007

Arrumações

As férias são sempre uma boa oportunidade para as arrumações de maior vulto. Pelo menos para mim, é isso que acontece, tal é a tralha que se vai acumulando ao longo do ano.
Apesar de haver espaços destinados para cada coisa, a pressa do dia-a-dia, não permite que vá sempre tudo para o seu devido lugar.

Este ano, o espaço que mereceu maior atenção em matéria de arrumações foi o "quarto da frente". Chamamos-lhe assim porque fica voltado para a frente da casa e não se destina a nenhuma função em especial, mas a várias em particular. É o espaço de pintura, leitura e de jogos dos meninos, é onde tenho a tábua de passar a ferro e todo o "arsenal" que se vai acumulando para a "engomadoria" e é também o meu atelier e biblioteca de crafts. Foi aqui que levou a maior mexida.
Apesar de organizadas as revistas e alinhados os livros, a quantidade já não era compatível com o espaço.

Por coincidência, quando fui aqui com a minha irmã, encontrei uma estante que é mesmo a minha cara e condiz perfeitamente com o uso a que a destinei.

Tirei, limpei, alinhei e revi (esta foi a parte mais consoladora da tarefa!) todos os meus livros e revistas e gostei do resultado.


Deixo aqui alguns dos meus tesouros bibliográficos...



Último dia de férias!

Deu direito a tudo...

Depois de umas cacetadas e impropérios do G. para a L., que a título excepcionalíssimo estavam a ver um DVD à meia noite, o pequeno aterra em contra-a-mão na cama do J. e a L. ainda o cobre com uma manta "para ele ficar mais confortável", diz ela. Chega-se a nós, conta-nos o que fez e ainda acrescenta:


- "Ele é tão bonito quando está a dormir!"


Eu penso que o desabafo foi sincero, mas depois do que ele lhe fez, até parecia ironia!!!


Mais tarde e a horas que me recuso a revelar, sob pena de vir a ser visitada pela Comissão de Protecção de Menores, fomos costurar os 3, enquanto o pai se dedicava ao berbequim e à chave de fendas (esta é mesmo uma casa de doidos!).


O J. fez umas cuecas para as bonecas e um patchwork de tecidos (unidos com cola...)

e a L. fez uma toalha para a mesa da sua casinha de madeira.



De agulha, linha e tesoura, estiveram os mais velhos entretidos mais de uma hora, enquanto eu fazia o colchão da cama da Clara.


O pai também fez um excelente trabalho ao montar a estante nova que comprei (que é mesmo a minha cara...) para guardar os livros de bordados que já estão a abarrotar no outro armário...


Antes de dormir, ainda espantamos 4 moscas varejeiras (algumas sem vida, é certo), de almofada em punho, quais soldados em frente de combate!!!


E eu juro que não digo mesmo a que horas fechamos todos os olhos, porque foram realmente indecentes...

quinta-feira, 23 de agosto de 2007

Amoras

Do quintal do meu pai...




na véspera do dia de S. Bartolomeu e antes que o diabo as estrague (não é bem nestes termos que reza a história...)!
Depois de ir à máquina, ficou assim...





Hummmmm!!!!

quarta-feira, 22 de agosto de 2007

:-)))


"Hoje não consigo parar de sorrir!"
"Este é o melhor dia do mundo!"
Foi o primeiro a acordar. Teve lugar no ninho dos pais e muitos beijos e abraços exclusivos.
O pequeno almoço foi crepes de chocolate e a manhã passou-se a planear o resto do dia.
Almoçamos com os primos, os tios e os avós e não faltou a companhia de um amigo para brincar o resto do dia (e da noite...).
Fizemos um bolo de chocolate, bem ao gosto do aniversariante, enfeitado com as personagens do Astérix, resgatadas à caixa dos brindes dos ovos Kinder.
Ainda deu tempo para ir à piscina, jogar badminton e uma sessão de cinema só para dois meninos crescidos, com direito a pipocas e sumo.
O J. está feliz e bem merece!
Afinal, todos merecemos que o dia do nosso aniversário seja o MÁXIMO!!!

3h 42m



do dia de hoje.

Terminei as faixas horizontais do meu trabalho de patchwork.

Estranhamente não tenho sono.

Estou até bem desperta!

Paixão, maluqueira, obsessão, terapia ou luxo de fim de férias?!

Ensonada como sou habitualmente, só projectos destes é que aguentam os meus olhos abertos até horas indecentes da madrugada (isso ou o meu "caloroso" ferro de engomar...)

Fiz, refiz, desmanchei, aperfeiçoei e até alterei o projecto inicial (lá vou ter que ir às compras mais logo!!!), tudo em horas nocturnas e com Grieg como companhia.

A falta de tempo durante as horas do dia fazem-me ansiar pelas horas da noite e as de hoje renderam bem. Basta saber como me vai encontrar o sol de amanhã?!

De certeza que vai ser brilhante e sorridente porque faz 9 anos que fui mãe pela primeira vez! Desde esse dia, nunca mais fui sozinha!

Parabéns filho!

terça-feira, 21 de agosto de 2007

"Sorri-te"



O G. anda há dois dias a tirar-me fotografias, tipo papparazi. Antes do clique diz-me sempre:
- Sorri-te!
E eu faço-lhe a vontade!

Acho que ele quis captar uma emoção na fotografia que ultimamente não tem sido visível no meu rosto ...

O J. também me disse há dias que eu "ando muito séria, nunca me rio..."

Há pouco a L. perguntou-me se eu estava triste, eu disse-lhe que sim e acabamos as duas a chorar. Eu fiquei no colo dela com ela a consolar-me...

.............................

É verdade! Não tenho sorrido!

Estou de férias, mas ando cansada, ando triste, irritada, frustrada...

Não sei porquê nem para quê!

Tristeza traz mais tristeza!

Irritação esfria!

E parar de sorrir provoca ferrugem nos lábios, pelo menos os meus andam um bocado perros...

Acho mesmo que os sorrisos que não se dão jamais se recuperam!

Vou-lhes fazer a vontade, vou sorrir e nem preciso de objectiva! Olho para eles e vejo que tudo faz sentido. Só posso mesmo sorrir!

segunda-feira, 20 de agosto de 2007

Igual ao H.

- Ó mãe, ó mãe, corta-me o cabelo.
-Agora?
- Sim, hoje, agora, para ficar como o H.
- Queres que te rape o cabelo?!!
-Sim, igual ao H.!

O H. é o padrinho do G., que além de um "farta carecada", que faz questão de manter ao nível do pente zero, é um profissional do desporto.
Deu as "bênçãos" todas ao afilhado.
Não foi pente zero, foi pente três, mas para esta mãe já foi muito.
Enquanto lhe cortava o cabelo, o G. pediu:

- Tira-me uma "fotoafia", para mostrar ao H.
Aqui está ela, para o H.:


domingo, 19 de agosto de 2007

Lx

No início da semana, fomos a Lisboa de comboio, para que os meninos experimentassem uma viagem de comboio de longa duração (aqui os crentes acham que eles vão aguentar uma até Paris no próximo ano!!!) e para conhecer alguns monumentos da capital, que só avistaram ainda bebés.
Para abrir o apetite, começamos pelo Oceanário, que o G. nunca tinha visitado. A admiração dele pela grandiosidade daquele tanque central era consoladora. Tudo para ele era estranho e ao mesmo tempo familiar, querendo dar nomes a todas as espécies que lhe surgiam à vista:
- G. olha uma lagosta.
- Não é uma lagosta é uma aranha!!!
Eu digo:
- Olha ali, um peixe tão grande!
Uma outra menina corrige-me:
- Não é um peixe, é um grandalhão!
Mas o G. esclarece-nos:
- É um MONSTRO!!!
A L., numa fase em que anda ávida da leitura, devorava todos os placards informativos e só parava na tradução para inglês. Eu estava admirada e já me poupava a explicações mas ela, no rescaldo do seu esforço dizia:
- Ó mãe, não percebi nada, o que é que dizia ali?
Também passamos pela fase da birra, desta vez da L., que lida muito mal com o sono e decidiu implicar com a "minha mais velha", a minha irmã, que também nos fez companhia. Esta, que tem pouco mais juízo que os sobrinhos, ao avistar a indicação do "peixe-chato", diz:
- Olha ali, o "peixe L."!
Pronto, entornou-se o caldo e a pequena passou-se e amuou até ao fim da visita.
Na parte final, quando estávamos a ver a exposição sobre as rotas marítimas e os antigos modos de pesca, só conseguia arrancar deles um
"hum, hum"
"está bem"
"pois"
No fim, já só os despertou um jogo electrónico de reabastecimento de energia de uma espécie marinha.



Depois do almoço fomos visitar a zona histórica da cidade num autocarro "sem telhado" e com descrição áudio, que os entusiasmou durante quase duas horas, a eles e aos outros passageiros, que já deviam estar tontos com a quantidade de vezes que eles mudavam de lugar a experimentar todas as emissões em todos as ligações possíveis.

Acho que até italiano eles ouviram!!!

quinta-feira, 16 de agosto de 2007

Aula de crochet - Módulo 1


Está feito! Está rendida ao crochet da praia!

Hoje a L. quis aprender a fazer "isso que tens na mão, mãe" e já saímos da praia com um bocadinho de cordão...


quarta-feira, 15 de agosto de 2007

"Patchworking"


Para manter a minha reputação no seu melhor nível, iniciei este Verão (mais) um novo projecto, agora em patchwork, que é a minha grande paixão no momento.

Li, procurei, comprei vários (muitos) livros, revistas, tecidos e outros materiais até ganhar coragem para "meter" a tesourada.
Já está, já comecei, já decidi materiais, cores, tamanho e destino: a cama do G.
(Já que me aventurei num primeiro trabalho a fazer uma colcha, pelo menos tinha que ser a de uma cama de solteiro...).

Entretanto, e como este trabalho não pode ir para a praia, nem viajar de comboio, lá vai comigo o meu quase "eterno" crochet de Verão. Apercebi-me entretanto que é, ele próprio, também um projecto de patchwork, já que é composto de vários quadrados com diferentes desenhos, embora trabalhados todos ao mesmo tempo (o que me fascinou quando o iniciei pr'aí há 10 anos atrás!!!).

Isto do crochet e da praia é já uma velha amizade.

Desde que me conheço como moça que levo uma rendinha para fazer na praia, porque a minha mãe também levava, a minha tia também levava, e a irmã da minha tia igualmente, e lá estavam as parolas todas a crochetar na praia... Eu era, e ainda sou, a parola-mor, porque se há sítio onde eu adoro fazer crochet de algodão...é na praia!

domingo, 12 de agosto de 2007

vento norte

Nós os 5 vamos ao restaurante/pizzaria/mac donald's com muito pouca frequência, que não chega a quinzenal. Normalmente enquadramos as nossas idas como um prémio para os miúdos, embora à 1ª vista seja um prémio aqui para a cozinheira... À 1ª vista, porque à 2ª arrependo-me sempre e lamento não me ter dado uma dor de barriga "daquelas" que não nos deixa sair da casa de banho, de tão mal que eles se portam fora de casa. Só ficam na mesa até aos cafés dos pais sob forte ameaça ou após longas negociações, vulgo, subornos.
Mas como nós somos masoquistas e insistimos em não esperar até ao 18 anos deles para voltar à saídas sociais, lá nos aventuramos de vez em quando.
Além disso, os rapazes são uns verdadeiros "alarves" à mesa e "limpam" tudo o que lhes aparece. Já nem arriscamos as 1/2 doses ou até os menus infantis sem antes nos certificarmos que são bem guarnecidos. O que vale é que eles gastam bem o que comem, senão a balança do Pediatra já tinha dado sinal vermelho...
Assim, para além da "animação" do repasto, somos bem servidos com a conta no final!
Será que não há restaurantes com descontos para as famílias numerosas??? Do tipo, traga 5 e pagam 4?! Já me chegava!
Ontem, num gesto de insanidade, lá fomos mais uma vez tentar a nossa sorte num restaurante fantástico, unicamente porque tem um parque infantil fechado e totalmente à vista das mesas, mas que tem a mania que é chique. Tão chique que a comida é servida "à la bonne tradition française" (portanto escassa e bem enfeitada) e com preços escritos com caneta de escrita grossa. No fim do almoço e depois de desaparecer o conteúdo de todas as travessas, meio a brincar, meio envergonhada, digo à empregada que levantava a mesa que tinha passado ali um "vento norte".
E o J. acrescentou:
- E vento norte sou eu!

sexta-feira, 10 de agosto de 2007

O Afonso.



O Afonso, o Afonso Henriques.



Toda a gente sabe quem foi e os meus filhos melhor do que ninguém. Eu diria mesmo que o Afonso, o Henriques, é quase um amigo de família, que visitamos todos os anos, nas férias do Verão.

Este não não foi excepção e lá fomos nós, com a companhia requisitada do avô historiador, para que os miúdos ficassem atentos nas outras salas dos Paços dos Duques de Bragança que não apenas a sala das espadas...

À entrada, também a fotografia da praxe da escultura do dito Afonso, que, soubemos todos este ano que foi feita por um senhor da nossa terra, de seu nome Soares dos Reis.

Este ano foi o J. que esteve com a máquina fotográfica a fazer a reportagem da visita. Quando tirava uma fotografia à irmã, lamenta-se pela mau enquadramento e disse:

- Só consegui apanhar as pernas do "Afonso".

Na despedida, e a caminho do ansiado lanche, o J. despede-se do seu amigo:

- Adeus Afonso, sou um grande fã seu (E eu que pensei que ele já o deixava tratar por tu!!!).



A ida a Guimarães também serviu para ir buscar um presente (de mim para mim) à Alice. E ficou linda a minha mala...


No regresso, e ainda a caminho da viagem medieval (que servirá de assunto para outro post), o cansaço derrubou os mais velhos e vinha o pequeno a cantar rap:


Uh, uh, da, da, faz, faz...

- Ó pai põe mais alto!!!

Mas a música acaba...

- Desliga pai, esta é "fatela"!

segunda-feira, 6 de agosto de 2007

Quem falou em reciclagem?


Falei eu! Falo eu, todos os dias, ao pai e aos filhos, tentando convencê-los a separar o lixo das pequenas coisas que vão rejeitando ao longo do dia, colocando no respectivo saco conforme a sua natureza.

Comprei uns sacos das cores respectivas para apelar à sua fácil utilização.

Começamos pelos vidros, e ninguém é capaz de o colocar no lixo doméstico.

Depois foi o papel, e quanto a este também não há dúvidas.

Agora é o plástico e até já consigo que separem a tampa dos pacotes de leite, na hora de distribuir o lixo nos sacos. As embalagens de metal, havemos de lá chegar...

Mas os iogurtes, acho que nunca lá chegaremos, porque aqui em casa ninguém os consegue lavar ao ritmo a que são bebidos/comidos...

(Vou ali num instante comprar acções da Danone, ou da Nestlé, ou da Yoplait...)

As raríssimas pilhas que aqui se consomem foram desviadas pelo J. para a campanha escolar de angariação de pilhas para o concurso dos livros (e já ganharam uma vez).

O que eu nunca pensei é que os sacos da reciclagem iam servir para uma corrida de sacos em pleno jardim pelos homens da casa...!

Isto é mais que reciclagem, é reutilização!!!

Desde que não se rebentem, sempre vão servindo para se divertirem!


sexta-feira, 3 de agosto de 2007

Não faz só birras!

O G.!
Nem passa o tempo TODO a experimentar a sua força no "lombo" dos irmãos...
Ele também tem a sua graça, aliás, tem mesmo muita graça, tanta que às vezes nos desconcerta na altura de ralhar.
Depois de um bom raspanete, com os pais já com cara de poucos amigos e quando vê que já não tem hipótese de se safar, espeta-nos aquele sorriso rasgado e diz: "Ri comigo!"
Outras vezes tem expressões que não chego a perceber onde as vais buscar.
Nos dias de Verão, quando lhe vou dar banho antes do jantar, ele não se opõe à lavagem, mas recusa o pijama porque "ainda está de sol"!
Mas se eu insisto e lhe visto mesmo o pijama, é capaz de dizer que aquelas são cuecas "de acordar", por que estão novas e os elásticos ainda estão firmes e nem passaram anos antes pelo rabinho do irmão.
Também quando se deita na cama, virado com a cabeça para os pés da dita e por cima dos lençóis, com almofada e tudo, diz-me que está "a dormir como na praia"! (Porque está ao contrário? Porque é diferente do habitual? Porquê? Esta não percebi!)
Quando o ajudo a lavar os dentes, para garantir que não vai ter uma infecção num dente que está a escurecer depois de uma das suas quedas, ele diz: "Tem de ser, bem lavadinho, porque este dente está morrido!"
Há dias, e porque ele às vezes também obedece, pedi-lhe para ir chamar o elevador.
E ele foi: pôs-se à frente do elevador e chamou: "Elevadooooor"!
Também não é preciso fazer sempre o que a mãe diz, ou pelo menos, seguir à letra o que a mãe diz.
Ele é que tem razão, ninguém percebe, estas mães!!!

quarta-feira, 1 de agosto de 2007

Feira de artesanato

A de Vila do Conde, pois claro!

Fomos lá ontem, em família alargada, porque nestas coisas eu não prescindo da presença da minha mãe, nem os meus filhos da presença do avô, que os enche de presentes...os interesseiros.

Vamos a esta feira há anos e o R. já nem tenta resistir. Aliás, agora até é ele que sugere o dia, porque lhe vai cheirando a sandes de presunto e a doces conventuais enquanto as meninas vêm os bordados.

Desde o ano passado que o nosso interesse é redobrado, porque as mulheres cá da casa aprenderam a fazer renda de bilros, pelo que o fascínio pelos trabalhos é muito maior.

Eu, que sou uma consumidora incurável (shiuuu...), também comprei uma renda de bilros feita com cores, no âmbito de um concurso em que participaram diversas rendilheiras, numa iniciativa admirável organizada pelo Centro Regional de Artes Tradicionais de Vila do Conde, que visa perpetuar a tradição com traços de modernidade. É uma exposição imperdível, que está instalada num pavilhão exterior à feira.

E porque a minha rendinha só chega cá em Setembro, ficam aqui as imagens dos presentes dos "muitos":