domingo, 10 de junho de 2007

Despedida de solteira


São 7h da manhã e acabei de chegar a casa. Não, não me estou a levantar como faço diariamente para enfrentar a tarefa matinal de "despachar" as crianças para a escola ou levar a alguma das suas milhentas actividades. Não, hoje foi a mãe que fez noitada e teve o descaramento de se apresentar em casa no dia seguinte, quando o sol já ia bem alto.
Mas há um bom motivo para esta extravagância: a minha maninha (uma matulona de 24 anos) vai-se casar no próximo sábado e eu, qual "teenager inconsciente", fui à sua despedida de solteira.
Adorei, estou aqui "como o aço" e se não tivesse vindo escrever tinha ido passar a ferro (se calhar ainda vou).
Já não me divertia assim há muito tempo, também eu de certa forma solteira, dancei que me fartei e nem toquei numa gota de álcool (é tão fácil divertirmo-nos sem beber!!!). Se calhar desde a minha própria despedida de solteira, há pouco mais de 10 anos, e nem aí cheguei a estas horas...! Sim, porque eu sempre fui uma "murcona", como se diz na minha terra, que com o início da madrugada já está mais para lá do que para cá, perdida com o sono. Neste aspecto, tenho que agradecer aos meus muitos que me habituaram a dormir cada vez menos e a viver bem com isso.
É um espectáculo sentirmos que a nossa juventude de espírito não esmorece com o passar dos anos, o nascimento dos filhos e as dificuldades do dia-a-dia. Tinha que ser a minha caçulinha, de quem alguém disse um dia que eu ia ser a sua 2ª mãe, a fazer-me viver de novo este prazer de ser solteira. De facto, em equilíbrio e em responsabilidade, não há nada que impeça cada um de nós, mães ou pais, de se sentir, de vez em quando, um bocadinho adolescentes, saboreando um tempo, umas horas, uns minutos só seus.
Mas está-me a custar isto do casamento da D.. Habituei-me a viver sempre com a minha irmã cá por perto e vai ser difícil ouvir menos vezes o seu inconfundível bater à porta, a saudar os muitos, bem alto "Então amigos!!".
Resta-me a esperança nos seus enganos ao regressar a casa, que a farão muitas vezes parar nestes lados, para além da sua fraca apetência para a cozinha, quando me vier perguntar: "O que é que se come aqui hoje?".
Um beijo muito especial para ti maninha, a quem eu amo de todo o meu coração!

2 comentários:

Dina disse...

pronto, as lágrimas reclamadas ontem à noite acabaram de sair... Adorei ter partilhado esta noite contigo, sem ti não seria a mesma coisa! E sim, tu estavas "nova" como o "aço", a fazer ver à canalhada cheia de sono.
Beijinho enorme desta totó

saloia disse...

:)

vou rever a minha mana daqui a uma semana....vem dos States passar duas semaninhas (é muito pouco) mas é para divertir tb.

bj

obrigada pelo link e comment

Mary