quarta-feira, 30 de maio de 2007

Conversas...

A caminho da escola, depois de o G. puxar o cabelo da L., "mesmo no sítio dos pontos, mãe", de a L. ter "ferrado" o G. com os dedos no braço dele e de o J. ter aviado uma galheta à L. para defender o "pobre" do G., que ainda é pequenino para a irmã lhe bater.... seguiram-se 15 m de silêncio, imposto pela mãe, como castigo para eles, e prémio para a mãe por ter sobrevivido a mais esta batalha campal. Só falta dizer que tudo se passou enquanto fui fechar o portão da garagem...
Dizia eu, conversas...
Entregue o primeiro passageiro, e terminado o período de silêncio obrigatório, a conversa entre a L. e o J.:
- Quando for adulto vou ser sócio do meu amigo L. numa fábrica de construção de carros! Ele é o único que é meu amigo e por isso nós vamos trabalhar juntos!
- Mas ó J., primeiro tens que casar.
- Porquê L.?
- Porque tens que ter uma família!
............................(silêncio)............................
Resolvo meter o bedelho:
- Então porque é que é preciso ter uma família?
- Para sermos felizes!- diz a L.
- Para termos companhia! - diz o J. ao mesmo tempo que a L.
- Hum, hum!- digo eu.
Continua o J.: A H. ainda não sabe se vai casar comigo, ainda não decidiu com qual dos 3 é que vai ficar. Acho que tenho algumas hipóteses, porque ela fez-me aqueles olhinhos...de amor.
E continuou a conversa da fábrica da construção de carros até chegarmos à escola e das várias profissões que iria ter e das corridas que iria fazer.
Fiquei com a sensação que por baixo daqueles devaneios animalescos dos meus filhos, há qualquer coisa de humano, de afectuoso, de ternurento, de amoroso até... Afinal sabem que ter família faz parte da vida de todos e não é uma "pastilha" que eles têm que "gramar". Mais ainda, é bom, porque nos faz companhia!
Tenho renovada a esperança que vou fazer deles uns homenzinhos....

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